Ele não ocorre no intelecto. Não é subjetivo porque existe a coisa e a coisa é objetiva.
Karlos, a adequação só pode acontecer no intelecto. O que é está fora do sujeito é a coisa, não a adequação.
Exatamente. Essa adequação ocorre no sujeito. Daí a segunda parte da minha primeira pergunta.
“nas coisas criadas, a verdade encontra-se nas coisas e no intelecto (...); no intelecto, segundo o que é adequado às coisas das quais tem a noção; contudo, nas coisas segundo o que reproduzem do intelecto divino, que delas é a medida, tal qual a arte é a medida de todos os artefatos. E, por outro modo, segundo que são aptas a produzirem de si uma apreensão verdadeira no intelecto humano, que é mensurado pelas coisas (...). Contudo, a coisa existente fora da alma, por meio de sua essência, reproduz a arte do intelecto divino e, por meio dela, é apta a produzir uma apreensão verdadeira no intelecto humano, forma por meio da qual qualquer coisa também tem o ser. Donde, a verdade das coisas existentes inclui em seu conceito a entidade delas e acrescenta a relação de adequação ao intelecto humano ou divino” De verit. Q. 1, a. 8
> @Fernando Watami > Karlos, a adequação só pode acontecer no intelecto. O que é está fora do sujeito é a coisa, não a adequação. Sim, de fato. Mas é adequação a que? Ao que o sujeito quer? Evidentemente que não. É a adequação *à coisa* que, nesse caso, está fora do sujeito e tem, por isso, existência *objetiva*. A águia é uma ave não porque meu intelecto relaciona-a com a noção de ave, mas ela é ave porque é, independente de meu intelecto de adequar ou não a essa verdade real e lógica. Afirmar o contrário é cair no subjetivismo e indiferentismo da realidade ao bel prazer de quem quiser.
Entendi. E com relação à segunda pergunta?
Geralmente a verdade no sujeito é chamada de _verdade lógica_; e na coisa, _verdade ontológica_. Mesmo não havendo sujeito, a verdade lógica está na mente divina, para qual a coisa (verdade ontológica) se adequa.
"Se o intelecto do sujeito estiver impedido, por força de doença ou incapacidade mental, não há Verdade?". A verdade continua existindo ontologicamente, independente do sujeito. Este está privado por um defeito em sua faculdade. Mas se estivesse com plena faculdade iria conhecer a verdade de tal ou qual objeto.