As três espécies não têm ligação entre si.
Mas então como explicar que o cúmplice seja denunciado e o denunciante, ato contínuo, não se denunciar? Creio que se não conseguirmos explicar isto é que não fará o menor sentido.
Bem, eu não tenho a pretensão de responder à pergunta do tópico. Apenas trouxe essa informação do manual, que talvez contribua para uma reflexão.
Pode ser também que outras obras sobre moral ajudem a refletir melhor.
O manual do Pe. Bujanda diz que o homicida deverá responder pelo seu crime se a autoridade tomar conhecimento.
Mas não ordena a autoincriminação. É a esse silêncio, eloquente demais, que deve nos interrogar. Ademais, seria uma omissão absurda do conjunto de catecismos e manuais nada falassem sobre isso como um dever, por isso deve ser tido, como eu penso que todos nós concordamos, apenas como um conselho.
A teologia moral é uma seara um tanto mais insegura do que a dogmática. A dogmática trabalha com conceitos claros e bem definidos. A moral trabalha com as possibilidades da ação. Assim, acho que não raro iremos opiniões que nos deixarão perplexos e confusos.
Pelo que entendi do del Greco, subjetivamente a autoincriminação pode se tornar uma obrigação, caso o culpado não veja como compensar adequadamente de outro modo.
Já sobre o silêncio, eu já refleti um tanto sobre isso, e coloquei o que eu acho, algumas mensagens atrás.
> @ruirmachado > Pelo que entendi do del Greco Pelo que entendi, não. Pelo que eu interpretei, seria o mais correto dizer.
eu li no site de jimmy akin que ele fala que o padre não pode impor como condição pra perdoar que o asassino se entregue à polícia porque violaria, como ele diz, the seal of confession. jimmy akin é um apologeta católico famoso nos EUA. apresenta um programa famoso na internet chamado catholic answers
Eu acredito firmemente que ele não pode impor esse tipo condição, pois ela não tem relação alguma com a cessação do pecado e nem é a maneira como a Igreja sempre entendeu que se efetivava o arrependimento, mas isso não tem relação com o _segredo da confissão_, que sempre é da parte do padre ou de quem, fortuitamente, a ouvir. - Rui, não vejo relação alguma entre o que Del Greco fala e sua posição; o autor se refere a denunciação do cúmplice, não de si mesmo; defender o contrário iria contra a prática da Igreja, cuja motivação foi explicitada por Karlos.
> @allanad > eu li no site de jimmy akin que ele fala que o padre não pode impor como condição pra perdoar que o asassino se entregue à polícia porque violaria, como ele diz, the seal of confession. Não se pode impor condição de futuro em nenhum Sacramento porque a intenção, seja do sujeito seja do ministro, tem que ser no ato do Sacramento.
teve um caso que eu vi que uma mulher confessou que tomou pilula do dia seguinte, o que é pecado, mas o padre disse que perdoaria, mas com uma condição: nunca mais tomasse a pilula. então essa condição foi inválida? ela tem que se confessar novamente com outro padre?
a condição que ela nunca mais tomasse a pilula.
> @allanad > então essa condição foi inválida? sim.
Por que é inválida, Karlos, isso não seria o mesmo que exigir a detestação do pecado, o afastamento dele?
Então não é condição, é apenas um conselho.
Não, é condição. Não é o mesmo que alguém que vive amasiado ir se confessar e o padre reter a absolvição até a regularização da situação?
É nao. Ele não absolve. Ele manda que o sujeito desfaça a união e ai depois ela dá a absolvição